Em meados da década de 90 já se falava no Brasil das mudanças, da Globalização e de uma série enorme de sistemas e técnicas de administração de materiais e da produção. Não se imaginava, porém, nem de longe, a velocidade que seria imprimida com o passar dos anos e que chegaria nos termos atuais as necessidades e as complexidades de abastecimento logístico em um país de dimensões continentais como o nosso.
Em seminários recentes tenho ouvido vários participantes e palestrantes se perguntarem para onde estamos indo e como chegaremos a sermos competitivos a nível global? E “o problema com o futuro é que ele chega antes de estarmos preparados para ele”.
A Internet viabilizou o e-Commerce e é uma realidade insofismável. Apesar de estarmos apenas engatinhando no B2B (Business-to-Business, transações entre Empresas) e no B2C (Business- o-Consumer, transações entre empresas e consumidores finais), se comparados com os volumes
financeiros da velha economia. Porém o potencial de crescimento é realmente impressionante.
Hoje a informação move-se muito mais rápido do que o material, provocando maior gargalo na distribuição e logística.
O Marketspace nome dado ao espaço dos negócios via Internet (os canais de distribuição são puramente logísticos) já começa a preocupar as empresas, pois incomodam e de certa forma concorre com os tradicionais canais de venda chamados de Marketplace. O grande desafio é a integração dos dois espaços.
A disponibilização de produtos e serviços a nível nacional e seguramente mundial põem em cheque os sistemas logísticos. Até então quando se lançava um livro, CD (Vinil? Também já faz parte da história) ou outro produto qualquer, a sua curva de introdução e aceitação era lenta.
esmo que se tornasse rapidamente em um estrondoso sucesso de venda e chegasse a faltar, você era informado ao ir a loja ou ponto de venda. Quantos quebravam a inércia para sair de sua casa, andar centenas de metros ou pegar seu automóvel na garagem e ir até uma Loja ou Shopping Center, às vezes a quilômetros, minutos ou por volta de uma hora de distância.
Hoje a que distância o comprador ou o consumidor está do Marketspace? Podemos afirmar que está a apenas a um “click” de distância! Tudo muito rápido, como ficam as previsões (forcasting)?
As previsões que já são consideradas quase impossíveis de se acertar, apesar das técnicas existentes, imagine agora! As demandas podem com o e-commerce, ir provocando gargalos e irritação nos clientes e consumidores, explodir de modo ainda mais impressionante, temos casos significativos a nível internacional (Amazon) e nacional (Submarino, Americanas e Livraria Cultura, no início, apenas para citar algumas).
O e-Procurement, processo cíclico que se inicia com a requisição de compra e termina com o pagamento do fornecedor, já é uma nova tendência. Inclui compras, transporte, armazenagem e recebimento de materiais.
Estou me esforçando para utilizar o menor número possível de palavras estrangeiras, mas agora não posso evitar: e-Business, e-Commerce, e-Procurement e até “e-etc.”. Todas as novas ferramentas de trabalho hoje disponíveis, substituem as antigas e tradicionais formas de administrar materiais? Podem até deslocar de um grande cliente para os seus fornecedores ou sub-fornecedores algumas destas funções, mas a maioria delas, em alguma fase ou em algum grupo de produtos ou de materiais, com certeza ainda serão utilizadas. Podemos afirmar sem nenhum receio que é de grande importância se conhecer os fundamentos da Administração de Materiais, Negociação e Compras complementadas evidentemente pelos novos sistemas, técnicas e programas (software) conhecidos e hoje disponíveis.
Aí então surge uma outra pergunta muito comum, o que é Logística? “É o processo de Planejar, Implementar e Controlar o Fluxo e Armazenagem, eficaz e eficiente em termos de custos, de matérias-primas, de materiais em elaboração, de produtos elaborados e as Informações correlatas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos Clientes”.
O que então o usuário espera do prestador de serviços na Logística? Podemos sintetizar: “Otimizar Suprimento para satisfazer a Demanda e entregar um valor superior ao Consumidor”.
Devemos nos esforçar em busca da eficiência e da eficácia e medir os resultados através de três tipos de medidas de desempenho:
a) Baseadas em Custos, orientam a performance financeira;
b) Baseadas na Qualidade, examinam quão bem os produtos ou serviços atendem as necessidades dos clientes.
c) Baseadas em Tempo, concentram-se na rapidez em responder às influências externas, desde os pedidos dos clientes até o atendimento nas datas prometidas. Todas estas novas formas de comércio somadas as tradicionais formas de comércio levam a uma necessária e ágil mudança de operarmos os Sistemas Logísticos.
O que realmente fazer? Como fazer? Como agir num mundo cada vez mais globalizado e
competitivo?
Podemos afirmar que para atingirmos a competitividade necessária neste ambiente integrado do
Marktetplace e do Marketspace precisamos mudar os atuais Paradigmas das Organizações de c
para:
Ø De Funções para Processos
Ø De Lucro para Lucratividade
Ø De Produtos para Clientes
Ø De Transações para Relacionamentos
Ø De Estoque para Informação