sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Engenharia de Produção

VANTAGEM COMPETITIVA DE PORTER

ESTRATÉGIA COMPETITIVA - OS CONCEITOS GERAIS

A estratégia competitiva é a busca de uma posição competitiva favorável em uma indústria, a arena fundamental onde ocorre a concorrência. A estratégia competitiva visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência na indústria. Duas questões centrais baseiam a escolha da estratégia competitiva. A primeira é a atratividade das indústrias em termos de rentabilidade a longo prazo e a fatores que determinam esta atratividade.
A segunda questão central em estratégia competitiva são os determinantes de posição competitiva relativa dentro de um indústria. Nenhuma questão é suficiente per si só para orientar a escolha da estratégia competitiva. As indústrias tornam-se mais ou menos atrativas no decorrer do tempo, e a posição competitiva reflete uma batalha interminável entre concorrentes. Tanto a atratividade da indústria quanto a posição competitiva podem ser modeladas por uma empresa, e é isto o que torna a escolha da estratégia competitiva desafiante e excitante. O tema central do livro é de que modo uma empresa pode realmente criar e sustentar uma vantagem competitiva em sua indústria - de que modo ela pode implementar as estratégicas genéricas amplas. A vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma empresa consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o custo de fabricação da empresa. O valor é aquilo que os compradores estão dispostos a pagar, e o valor superior provém da oferta de preços mais baixos que os da concorrência por benefícios equivalentes ou do fornecimento de benefícios singulares que mais do que compensam um preço mais alto. Existem dois tipos básicos de vantagem competitiva: liderança em custo e diferenciação.

sábado, 26 de setembro de 2009

Cadeia Logística



Em meados da década de 90 já se falava no Brasil das mudanças, da Globalização e de uma série enorme de sistemas e técnicas de administração de materiais e da produção. Não se imaginava, porém, nem de longe, a velocidade que seria imprimida com o passar dos anos e que chegaria nos termos atuais as necessidades e as complexidades de abastecimento logístico em um país de dimensões continentais como o nosso.
Em seminários recentes tenho ouvido vários participantes e palestrantes se perguntarem para onde estamos indo e como chegaremos a sermos competitivos a nível global? E o problema com o futuro é que ele chega antes de estarmos preparados para ele.
A Internet viabilizou o e-Commerce e é uma realidade insofismável. Apesar de estarmos apenas  engatinhando no B2B (Business-to-Business, transações entre Empresas) e no B2C (Business- o-Consumer, transações entre empresas e consumidores finais), se comparados com os volumes
financeiros da velha economia. Porém o potencial de crescimento é realmente impressionante.
Hoje a informação move-se muito mais rápido do que o material, provocando maior gargalo na distribuição e logística.

O Marketspace nome dado ao espaço dos negócios via Internet (os canais de distribuição são puramente logísticos) já começa a preocupar as empresas, pois incomodam e de certa forma concorre com os tradicionais canais de venda chamados de Marketplace. O grande desafio é a integração dos dois espaços.
A disponibilização de produtos e serviços a nível nacional e seguramente mundial põem em cheque os sistemas logísticos. Até então quando se lançava um livro, CD (Vinil? Também já faz parte da história) ou outro produto qualquer, a sua curva de introdução e aceitação era lenta.
esmo que se tornasse rapidamente em um estrondoso sucesso de venda e chegasse a faltar, você era informado ao ir a loja ou ponto de venda. Quantos quebravam a inércia para sair de sua casa, andar centenas de metros ou pegar seu automóvel na garagem e ir até uma Loja ou Shopping Center, às vezes a quilômetros, minutos ou por volta de uma hora de distância.
Hoje a que distância o comprador ou o consumidor está do Marketspace? Podemos afirmar que está a apenas a um clickde distância! Tudo muito rápido, como ficam as previsões (forcasting)?
As previsões que já são consideradas quase impossíveis de se acertar, apesar das técnicas existentes, imagine agora! As demandas podem com o e-commerce, ir provocando gargalos e irritação nos clientes e consumidores, explodir de modo ainda mais impressionante, temos casos significativos a nível internacional (Amazon) e nacional (Submarino, Americanas e Livraria Cultura, no início, apenas para citar algumas).
O e-Procurement, processo cíclico que se inicia com a requisição de compra e termina com o pagamento do fornecedor, já é uma nova tendência. Inclui compras, transporte, armazenagem e recebimento de materiais.
Estou me esforçando para utilizar o menor número possível de palavras estrangeiras, mas agora não posso evitar: e-Business, e-Commerce, e-Procurement e até “e-etc.. Todas as novas ferramentas de trabalho hoje disponíveis, substituem as antigas e tradicionais formas de administrar materiais? Podem até deslocar de um grande cliente para os seus fornecedores ou sub-fornecedores algumas destas funções, mas a maioria delas, em alguma fase ou em algum grupo de produtos ou de materiais, com certeza ainda serão utilizadas. Podemos afirmar sem nenhum receio que é de grande importância se conhecer os fundamentos da Administração de Materiais, Negociação e Compras complementadas evidentemente pelos novos sistemas, técnicas e programas (software) conhecidos e hoje disponíveis.
Aí então surge uma outra pergunta muito comum, o que é Logística? “É o processo de Planejar, Implementar e Controlar o Fluxo e Armazenagem, eficaz e eficiente em termos de custos, de matérias-primas, de materiais em elaboração, de produtos elaborados e as Informações correlatas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos Clientes.
O que então o usuário espera do prestador de serviços na Logística? Podemos sintetizar: Otimizar Suprimento para satisfazer a Demanda e entregar um valor superior ao Consumidor.
Devemos nos esforçar em busca da eficiência e da eficácia e medir os resultados através de três tipos de medidas de desempenho:

a)     Baseadas em Custos, orientam a performance financeira;
b)     Baseadas na Qualidade, examinam quão bem os produtos ou serviços atendem as necessidades dos clientes.
c)       Baseadas em Tempo, concentram-se na rapidez em responder às influências externas, desde os pedidos dos clientes até o atendimento nas datas prometidas. Todas estas novas formas de comércio somadas as tradicionais formas de comércio levam a uma necessária e ágil mudança de operarmos os Sistemas Logísticos.

O que realmente fazer? Como fazer? Como agir num mundo cada vez mais globalizado e
competitivo?
Podemos afirmar que para atingirmos a competitividade necessária neste ambiente integrado do
Marktetplace e do Marketspace precisamos mudar os atuais Paradigmas das Organizações de c
para:

Ø       De Funções para Processos
Ø       De Lucro para Lucratividade
Ø       De Produtos para Clientes
Ø       De Transações para Relacionamentos
Ø       De Estoque para Informação


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Evolução do Conceito de Inteligência

Durante grande parte dos séculos 19 e 20, acreditou-se que a inteligência era algo podia ser facilmente medida, determinada e comparada através de testes, como o famoso teste de QI por exemplo, que dava a inteligência da pessoa em números. No entanto, com o tempo, o teste de QI foi caindo em descrédito pois pouco a pouco foi se notando que nem sempre as pessoas mais inteligentes e bem sucedidas obtiam os melhores resultados.
Os psicólogos e pesquisadores começaram a notar que havia alguns casos de pessoas que obtinham resultados mediocres nos testes de QI, mas que se davam bem na vida pois eram pessoas determinadas, disciplinadas, persistentes e carismáticas. Mas como pessoas consideradas “burras” pelo teste de QI poderiam ter tanto sucesso ?
A resposta é simples: existem vários tipos de inteligência !!
Segundo Howard Gardner, psicólogo autor desta teoria, existem ao todo 7 tipos de inteligência e todas as pessoas tem um pouco das 7 combinados dentro de sí. No entanto cada pessoa tem um deles desenvolvido de modo mais forte e que se sobrepõe sobre os outros.
Os 7 Tipos de Inteligência
Os 7 tipos de inteligência identificados no trabalho de Howard Gardner são:

Inteligência Linguistica
As pessoas que possuem este tipo de inteligência tem grande facilidade de se expressar tanto oralmente quanto na forma escrita. Elas além de terem uma grande expressividade, também tem um alto grau de atenção e uma alta sensibilidade para entender pontos de vista alheios. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado esquerdo do cérebro é uma das inteligências mais comuns.

Inteligência Lógica
Pessoas com esse perfil de inteligência tem uma alta capacidade de memória e um grande talento para lidar com matemática e lógica em geral. Elas tem facilidade para encontrar solução de problemas complexos, tendo a capacidade de dividir estes problemas em problemas menores e ir os resolvendo até chegar a resposta final. São pessoas organizadas e disciplinadas. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado direito do cérebro, sendo também um dos tipos de inteligência mais raros.

Inteligência Motora
Pessoas com este tipo de inteligência possuem um grande talento em expressão corporal e tem uma noção espantosa de espaço, distancia e profundidade. Tem um controle sobre o corpo maior que o normal, sendo capazes de realizar movimentos complexos, graciosos ou então fortes com enorme precisão e facilidade. É uma inteligência relacionada ao cerebelo que é a porção do cérebro que controla os movimentos voluntários do corpo. Presente em esportistas olímpicos e de alta performance. É um dos tipos de inteligência diretamente relacionado a coordenação e capacidade motora.

Inteligência Espacial
Pessoas com este perfil de inteligência, tem uma enorme facilidade para criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Elas tem uma grande capacidade de criação em geral mas principalmente tem um enorme talento para a arte gráfica. Pessoas com este perfil de inteligência tem como principais características a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar, criar e enxergar coisas que quem não tem este tipo de inteligência desenvolvido, em geral, não consegue.

Inteligência Musical
É um dos tipo raros de inteligência. Pessoas com este perfil tem uma grande facilidade para escutar músicas ou sons em geral e identificar diferentes padrões e notas músicais. Eles conseguem ouvir e processar sons além do que a maioria das pessoas consegue, sendo capazes também de criar novas músicas e harmonias inéditas. Pessoas com este perfil é como se conseguissem “enxergar” através dos sons. Algumas pessoas tem esta inteligência tão evoluida que são capazes de aprender a tocar instrumentos musicais sozinhas. Assim como a inteligência espacial, este é um dos tipos de inteligência fortemente relacionados a criatividade.

Inteligência Interpessoal
Inteligência interpessoal é um tipo de inteligência ligada a capacidade natural de liderança. Pessoas com este perfil de inteligência são extemamente ativas e em geral causam uma grande adimiração nas outras pessoas. São os lideres práticos, aqueles que chamam a responsabilidade para sí. Eles são calmos, diretos e tem uma enorme capacidade para convencer as pessoas a fazer tudo o que ele achar conveniente. São capazes também de identificar as qualidades das pessoas e extrair o melhor delas organizando equipes e coordenando trabalho em conjunto.

Inteligência Intrapessoal
É um tipo raro de inteligência, também relacionado a liderança. Quem desenvolve a inteligência interpessoal tem uma enorme facilidade em entender o que as pessoas pensam, sentem e desejam. Ao contrário dos lideres interpessoais que são ativos, os lideres intrapessoais são mais reservados, exercendo a liderança de um modo mais indireto, através do carisma e influenciando as pessoas através de idéias e não de ações. Entre os tipos de inteligência, este é considerado o mais raro.
As Inteligências Predominantes:
Porcentagem das pessoas em que cada tipo de inteligência predomina:
Inteligência Linguistica * 29 %

Inteligência Lógica * 29 %

Inteligência Motora 16 %

Inteligência Espacial 14 %

Inteligência Musical 6 %

Inteligência Interpessoal 4 %

Inteligência Intrapessoal 2 %

*: são as chamadas Inteligências Clássicas, as inteligências que aparecem no teste de QI

Teoria Clássica - Henri Fayol (1841-1925)

“Não existe nada rígido nem absoluto em matéria administrativa; tudo nela é uma questão de medida. Quase nunca se aplicará o mesmo princípio duas vezes em condições idênticas.”
• Ênfase na estrutura que a organização deveria ter para ser eficiente.
• Abordagem sintética, global e universal da empresa  abordagem anatômica e estrutural
• Proporcionalidade das funções administrativas ao operário interessa excelente capacidade técnica, acima de qualquer outra; ao alto executivo, grande capacida-de administrativa.

Administração e organização :
a) administração é um todo do qual a organização é uma das partes organização como função administrativa
organizar significa constituir uma dupla estrutura : material e humana, no empreendimento.
b)Organização como unidade ou entidade social

 O ensino da administração  ”Todos têm necessidade, em maior ou menor grau, de noções de administração.”
 Lindall F. URWICK  elementos da administração:
a)investigação;
b)previsão;
c) planejamento;
d) organização;
e) coordenação;
f) comando;
g) controle.

 Luther GULICK  elementos da administração :
a) planejamento (planning);
b) organização (organizing);
c) assessoria(staffing);
d)direção(directing);
e)coordenação (coordinating);
f) informação (reporting);
g) orçamento (budgeting)

PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL
1º Divisão do trabalho  especialização das tarefas e das pessoas visando aumentar o rendimento. “Produzir mais e melhor, com o menor esforço.”
2º Autoridade e responsabilidade  direito de mandar e ter o poder de ser obedecido. A responsabilidade é uma conseqüência da autoridade.
3º Disciplina  obediência, assiduidade, comportamento e respeito às convenções estabelecidas entre a empresa e seus agentes.
4º Unidade de comando  o empregado deve receber ordens de somente um chefe
5º Unidade de direção  um só chefe e um só programa para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo;
6º Subordinação do interesse particular ao interesse geral  os interesses de uma pessoa ou de um grupo de pessoas não devem prevalecer sobre os da empresa.
7º Remuneração do pessoal  prêmio sobre o serviço prestado; deve ser justa, satisfazendo simultaneamente empregador e empregado.
8º Centralização  convergência da autoridade na direção da empresa;
9º Hierarquia  (ou cadeia escalar) linha de autoridade do escalão mais alto ao mais baixo, dos chefes aos subordinados.
10º Ordem  um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Ordem material e humana.
11º Eqüidade  resultante da combinação da benevolência com a justiça, para obter a boa vontade e dedicação do pessoal.
12º Estabilidade a permanência no cargo favorece o bom desempenho, a rotação de pessoal é prejudicial para a eficiência da organização.
13º Iniciativa a liberdade de conceber e assegurar o sucesso de um plano gera satisfação e deve ser estimulada.
14º União do pessoal  o espírito de equipe, a harmonia e união do pessoal são essenciais para o bom funcionamento da empresa.

ELEMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
• prever : visualizar o futuro e traçar o programa de ação;
• organizar : constituir o duplo organismo material e social da empresa;
• comandar : dirigir e orientar o pessoal;
• coordenar : ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos;
• controlar : verificar que tudo corra de acordo com o estabelecido.


“ A administração não é nem privilégio exclusivo, nem encargo pessoal do chefe ou dos dirigentes da empresa; é uma função que se reparte, como as outras funções essenciais, entre a cabeça e os membros do corpo social.”
( FAYOL, Henri. Administração industrial e geral. São Paulo: Edit. Atlas, 1981, p. 26.)

Qualidades de um administrador
“A cada grupo de operações, ou função essencial, corresponde uma capacidade especial. Existem a capacidade técnica, a capacidade comercial, a capacidade financeira, a capacidade administrativa, etc.”
• qualidades físicas; qualidades intelectuais; qualidades morais; cultura geral; conhecimentos especiais; experiência.

Críticas à Teoria Clássica - Fayol
(segundo CHIAVENATO)
  •  abordagem simplificada da organização formal;
  •  ausência de trabalhos experimentais;
  •  extremo racionalismo na concepção da administração
  •  teoria da máquina;
  •  abordagem incompleta;
  •  abordagem incompleta da organização.

“Até FAYOL, o problema da administração se concentrava nas indústrias e usinas, com a preocupação pela produtividade. FAYOL levou a administração do nível da oficina para o da direção geral da empresa, considerada na sua totalidade.
A principal contribuição de FAYOL ao pensamento administrativo foi mostrar como um processo administrativo complexo pode ser separado em áreas interdependentes de responsabilidades ou de funções.” (SILVA, Reinaldo. Teorias da Administração, 2002. p. 153.)

A importância da Física para a Engenharia de Produção


Sem dúvida a física é de extrema importância para o sucesso do engenheiro de produção, sendo assim:
Como seria este mundo sem os computadores? Como seria este mundo sem a energia elétrica?
Através da física é possível identificar os princípios e leis que regem estes fenômenos e fazer as generalizações que são a base para invenções capazes de mudar o percurso da história da humanidade. Os conhecimentos proporcionados pela física permitiram ao ser humano uma série de progressos, o principio da ação e reação, por exemplo, é explorado pelos motores a jato que movem os aviões modernos. Fontes de energia, como a energia elétrica e a energia nuclear, puderam ser utilizadas. Sem as formas de energia produzidas pelos fenômenos físicos, os avanços do mundo moderno não teriam sido possíveis. Na saúde o conceito da calorimetria é muito útil para determinar o valor energético dos alimentos, lentes convergentes e divergentes podem ser empregadas para resolver problemas de visão como a miopia e a hipermetropia. A astronomia utiliza os conceitos físicos na tentativa de desvendar os mistérios do universo.
O exemplo mais visível no Brasil de Indústria Baseada em Física é aquele das comunicações ópticas. O programa de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para fabricação de fibras ópticas do Instituto de Física da Unicamp, do CPqD e da ABC Xtal tem todos os elementos essenciais do desenvolvimento tecnológico: a universidade gerando conhecimento fundamental competitivo internacionalmente e formando recursos humanos, o centro de pesquisas ligado à empresa desenvolvendo a tecnologia e a empresa prosseguindo continuamente no desenvolvimento da tecnologia e empregando para isso os cientistas e engenheiros formados na universidade.    
A física, num dos extremos, tem por objetivo primordial o desvendamento das legalidades naturais, estabelecendo uma relação essencialmente "teórica" com seu objeto. Seu lócus por excelência é a natureza mesma, malgrado as mediações sociais que se interpõem entre o cientista e seu objeto de pesquisa. Uma vez formalizados, seus conhecimentos vão alimentar as diferentes técnicas, capacitando-as para intervir sobre a natureza de forma mais eficiente.
Por fazer parte da área de formação básica de Engenharia deve capacitar o aluno a entender e quantificar os fenômenos físicos relacionados, obtendo resultados significativos. A mesma pode contribuir, para que, em seu processo de individualização, o aluno não só desenvolva um esquema conceitual, mas também adquira um potencial crítico que lhe permita conviver com o enorme volume de informações trazidas pela mídia de forma tão diversificada, aprendendo a selecionar e compreender as mais importantes. Pode também contribuir para a formação de uma cultura científica na condução do exercício da cidadania e na percepção da beleza que o conhecimento desvenda e levar à melhoria da relação entre os seres humanos.   
A engenharia de produção, por sua vez, trata do projeto, implantação, gerenciamento, manutenção e otimização de sistemas para a produção de bens e serviços envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Para tal, a engenharia de produção faz uso de conhecimentos da matemática, física e química, engenharia, técnicas de gestão e conhecimento sociológico, econômico e do ser humano.
Em praticamente todas as áreas do conhecimento humano, a física pode se aplicada, no caso da importância prática em matérias de formação profissional do Engenheiro de produção como, por exemplo, resistência dos materiais, sistemas térmicos e sistemas fluido mecânicos, processos técnicos etc., será embasada pelos princípios físicos.  Como no sistema de produção, as máquinas e equipamentos funcionam com base em leis físicas para serem operadas com eficiência e segurança, o engenheiro poderá escolher os melhores equipamentos e mão-de-obra qualificada.
Buscando produzir sempre mais, por cada vez menos, os conhecimentos proporcionados pela física permitiram, ao profissional fazer generalizações capazes de mudar para melhor todo processo de produção.   

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Conceituação da Engenharia de Produção


A definição clássica da Engenharia de Produção adotada tanto pelo American
Institute of Industrial Engineering (A.I.I.E.) como pela Associação Brasileira de
Engenharia de Produção (ABEPRO) diz:
Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a melhoria
e a manutenção de sistemas produtivos integrados, envolvendo homens,
materiais e equipamentos, especifi car, prever e avaliar os resultados obtidos
destes sistemas, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática,
física, ciências sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise
e projeto da engenharia.

Assim sendo, a Engenharia de Produção pode ser exercida praticamente em
todas as atividades produtivas humanas, embora sua aplicação se faça particularmente
necessária na produção industrial de bens e na prestação de serviços complexos.
A Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para características de
produtos (bens e/ou serviços) e de sistemas produtivos, vinculase
fortemente com
as idéias de projetar e viabilizar produtos e sistemas produtivos, planejar a produção,
produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza.
A abordagem interdisciplinar e sistêmica da Engenharia de Produção busca
alcançar soluções objetivando aumentar a produtividade e a efi ciência dos sistemas,
sem esquecer seus reais objetivos. O sistema produtivo, contudo, por depender
fundamentalmente da estrutura de recursos disponíveis, com ênfase no desenvolvimento
humano, está essencialmente vinculado às características regionais.

TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA

O Técnico em Eletromecânica é um profissional de nível médio de categoria especializada, capaz de atuar nos diversos segmentos do setor produtivo, principalmente o de caráter industrial. A habilitação técnica nesta área visa atender e sustentar tecnicamente o desenvolvimento dos diversos segmentos da nossa sociedade.

Executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de equipamentos eletro-mecânicos, instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respectivas equipes.

Prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria, exercendo dentre outros, as seguintes atividades:

  • Coleta de dados de natureza técnica.
  • Desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos.
  • Elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra.
  • Detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança.
  • Execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade de materiais e equipamentos eletro-mecânicos.
  • Regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos de controle de fluidos.
  • Dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos eletro-mecânicos, assessorando, padronizando, mensurando e orçando.
  • Responsabilizar-se pela elaboração, execução e inspeção de projetos de instalações industriais eletromecânicas.
  • Elaborar, executar e inspecionar instalações industriais de bombeamento de fluidos.
  • Projetar e confeccionar pequenas máquinas.
  • Ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1o e 2o graus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício nesses dois níveis de ensino.
  • Trabalhar como micro-empresário na área de sua habilitação.
Atuação
  • Concessionárias de energia elétrica, de água e Indústrias Petroquímicas.
  • Indústria de equipamentos eletro-mecânicos.
  • Supervisionar operações de manutenção.
  • Supervisionar e controlar a produção de produtos elétricos.
  • Supervisionar a manutenção de equipamentos que envolvam dispositivos de comandos automáticos, mecânicos, elétricos, pneumáticos e hidráulicos.
  • Projetar dispositivos de comandos automáticos.
  • Dimensionar conjuntos elevatórios de fluidos.
  • Dimensionar elementos de máquinas.